Método Pilates: uma alternativa para evitar a dor lombar em tempos de “home office”

A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) impôs novos hábitos para a população mundial, conduzindo grande parte das pessoas a trabalhar em domicílio, também chamado de “home office”.

Esse novo estilo de trabalho, que pode ser visto como confortável para alguns, também é visto como um risco a saúde para outros.

A falta de mobília adequada para desempenhar a função em casa, somado ao estilo de vida sedentário que acabou se impondo, pode levar ao aparecimento de dores corporais.

A região lombar, porção mais baixa da coluna, tende a ser a mais acometida e estima-se que a dor nessa região ocorra em aproximadamente 80% da população ativa ao longo da vida.

Os fatores de risco estão associados a posições estáticas prolongadas e inadequadas, redução da mobilidade dos seguimentos espinhais e diminuição da atividade e resistência dos músculos profundos do tronco, em especial transverso abdominal, oblíquo interno e multífido.

Considerado um problema de saúde pública, a dor lombar está entre as principais doenças que estão diminuindo a qualidade de vida da população global.

Do ponto de vista psico-emocional, a dor lombar vem acompanhada por estresse e pode levar a ansiedade, ao mau humor, além de comprometer o rendimento profissional.

Metodologia Pilates

Atualmente existem diversas abordagens utilizadas para controlar e tratar a dor lombar, dentre elas o método Pilates, que tem se difundido rapidamente.

Os princípios que regem a filosofia e os exercícios deste método são: Concentração, centralização, precisão, respiração, controle e fluidez.

Assim, por ser capaz de atingir os músculos profundos dos seguimentos da coluna lombar e da cintura para ganho de estabilidade, o Pilates destaca-se entre as demais modalidades, já que na maioria das vezes, os programas tradicionais de exercícios fortalecem os grandes músculos superficiais e não estabilizam os músculos profundos, levando ao reaparecimento da dor lombar.

Procurado, não só como forma de reabilitação, mas também como de prevenção, os principais benefícios do método Pilates descritos atualmente são: controle e melhora da dor e capacidade funcional; flexibilidade; força muscular; equilíbrio e, consequentemente, melhora na qualidade de vida.

Recentemente um programa projetado para o controle de dor lombar em pessoas que atuam em trabalho sedentário (SIPAVICIENE, KLIZIENE; 2019), testou uma série de exercícios baseados no método Pilates divididos em dois grupos: exercícios de estabilização e exercícios de fortalecimento.

Após 20 semanas do programa de exercícios, ambos os grupos obtiveram resultados satisfatórios na diminuição da dor lombar.

O grupo que realizou exercícios de estabilização, no entanto, manteve seu efeito por mais tempo (3 vezes mais) quando comparado ao programa de exercícios de fortalecimento.

Alguns exercícios deste programa (SIPAVICIENE, KLIZIENE; 2019) podem facilmente ser reproduzidos e inseridos em algum momento do trabalho em casa, como por exemplo:

Spine curl (Figura 1)

Deitado sobre um tapete, manter joelhos dobrados e pés firmes no chão, braços estendidos ao longo do corpo. Inspirar na posição inicial e expirar ao mesmo tempo que eleva quadril do chão realizando movimento de rolamento de vertebra sobre vertebra. Descer coluna e quadril de forma que o bumbum seja a última parte a chegar ao chão, realizar de 8 a 16 repetições (*).

Figura 1: Spine curl

Fonte: Sipaviciene, Kliziene (2019)

Roll down (Figura 2)

Deitado, esticar os braços acima da cabeça e manter os ombros baixos. Inspirar ativando os músculos pélvicos e abdominais e expirar, esticando os braços para a frente, elevando a cabeça e levantando do tapete com as costas arredondadas, rolando uma vértebra de cada vez, realizar de 8 a 16 repetições (*).

Figura 2: Roll down

Fonte: Sipaviciene, Kliziene (2019)

Hundred (Figura 3)

Deitado no tapete com as pernas pressionadas uma contra a outra. Durante a expiração, a cabeça e ombros se elevam, braços ao longo do corpo e as duas pernas levantadas do tapete até a altura desejada. Os braços realizam o bombeamento (batidas de braço) por 100 vezes. Inspirar em 5 batidas de braço e a expirar em 5 batidas de braço. Abdominais ativos e costas permanecem apoiadas no tapete, realizar 100 bombeamentos com os braços (*).

Figura 3: Hundred

Fonte: Sipaviciene, Kliziene (2019)

Mas lembre-se: antes de fazer exercício por conta própria, é importante buscar orientação de um especialista para garantir a eficácia da execução e prevenir eventuais problemas que possam surgir, se praticado de forma errada. Diversos profissionais estão utilizando esse momento de distanciamento social para passar dicas de exercícios que podem ser feitos com pouca ou nenhuma adaptação dentro de casa.

Descubra que tipo de exercício te agrada, busque orientações e se mantenha ativo, além de fazer bem para o corpo, te ajudará também no aspecto mental.

O exercício intitulado como “Roll Down” tem apresentação na literatura referente ao método Pilates como “Roll Up”.

Uma das diversas formas de progredir o exercício “Spine curl” é realiza-lo com os pés apoiados sobre a borda do acento de uma cadeira. Cuidado para a cadeira não deslizar! Preste bastante atenção no alinhamento do quadril.

Para o exercício “Roll Down” caso encontre dificuldade em realizar o movimento de subida, sugerimos adaptar alguma forma de prender os pés mas caso isso não seja possível, mantenha os joelhos dobrados e pés apoiados no chão no momento da subida, foque no movimento de vertebra sobre vertebra.

Sugerimos uma construção do exercício “Hundred” principalmente para aquelas pessoas que não estão acostumadas a realizar exercício.

Comece com os joelhos e quadris flexionados 90º/90º sobre o tronco e vá progredindo com a extensão das pernas a medida que sentir seu abdomem mais forte, lembrando que quanto mais próximo do chão suas pernas estiverem, haverá maior exigência de estabilização do corpo e de força abdominal, portanto, cuidado! Se sentir dores no pescoço, abaixe a cabeça e mantenha ela apoiada e continue realizando o bombeamento dos braços.

 

Por Vanessa Szczypior
Fisioterapeuta pela Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO).
Fisioterapeuta Prófisio (Hospital de Reabilitação).
Instrutora do método Pilates solo e aparelho.

 

(*). Os exercícios aqui citados foram retirados de um estudo científico, portanto, as imagens e descrições dos exercícios estão conforme a pesquisa.

 

REFERÊNCIAS:

  • Carvalho IAC, Oliveira LC. Benefícios e efeitos do método pilates no tratamento de dor lombar crônica inespecífica: Uma revisão integrativa. Revista Cereus 12: 238-252, 2020. doi:10.18605/2175-7275/cereus.v12n1p238-252.
  • Gobbo S, Bullo V, Bergamo M, Duregon F, et. al. Physical Exercise Is Confirmed to Reduce Low Back Pain Symptoms in Office Workers: A Systematic Review of the Evidence to Improve Best Practices in the Workplace. Journal of Functional Morphology Kinesiology 4, 2019. doi:10.3390/jfmk4030043.
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  • Kumar SP. Efficacy of segmental stabilization exercise for lumbar segmental instability in patients with mechanical low back pain: A randomized placebo controlled crossover study. North American Journal of Medical Sciences 3: 456-461, 2011. doi:10.4297/najms.2011.3456.
  • Sipaviciene S, Kliziene I. Effect of different exercise programs on non-specific chronic low back pain and disability in people who perform sedentary work. Clinical Biomechanics 73: 17-27, 2019.

Quais são as principais órteses de membros inferiores e suas indicações na neurofuncional?

Sabemos que grande parte da população brasileira é composta por inúmeras pessoas com deficiência (AGNELO e ISMAEL, 2015) e que as doenças neurológicas acometem cada vez mais pessoas ao redor do mundo.

Elas podem se desenvolver antes ou durante o nascimento, como o caso da Paralisia Cerebral, por exemplo, ou se desenvolver no decorrer da vida, como o Acidente Vascular Cerebral, as Distrofias, Lesão Medular, entre outras.

Independente da etiologia, as doenças afetam os sistemas nervoso e neuromuscular (ORTOJUF, 2017).

Nesses pacientes com doenças de acometimento neurológico, podemos usar, como coadjuvante no tratamento de reabilitação, alguns dispositivos auxiliares chamados órteses – do grego, orthosis, que significa orthos = reto/ direito/ correção + sufixo sis = ação, ou seja, ação de endireitar (REZENDE, 2006).

As órteses são aplicadas externamente ao corpo e têm inúmeras funções dentro da reabilitação de pacientes com sequelas decorrentes de doenças neurológicas (ARAÚJO, 2011). Especificamente nos membros inferiores (MMII) as órteses têm alguns objetivos principais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019):

  • Alinhar, prevenir ou corrigir deformidades;
  • Auxiliar, melhorar ou restaurar a mobilidade e função de um membro;
  • Facilita o ortostatismo;
  • Auxiliar na locomoção;
  • Proporcionar marcha funcional.

Mas para que uma órtese tenha um desempenho eficiente e permita resultados satisfatórios, a indicação pelo profissional de saúde (normalmente o Fisioterapeuta) precisa ser correta, bem como, a confecção da mesma deve ser feita por um técnico qualificado. (PINHEIRO, 2018).

As órteses são nomeadas de acordo com o(s) segmento(s) a que se relacionam. Assim, são considerados órteses de MMII desde calçados usados com propósitos clínicos, até as THKAFO – Trunk – Hip – Knee – Ankle – Foot Orthosis, as órteses Tóraco-podálicas (PINTO, 2009, p. 16). As mais utilizadas e suas indicações estão descritas abaixo.

  • Ankle – Foot Orthosis – AFO (Órtese Suropodálica): Indicações: Pacientes com sequelas neuromusculares de origem central ou periférica espásticas e flácidas. Existem vários tipos de AFO, a saber:
  • Supramaleolar (SMO): Com recorte acima dos maléolos, promove estabilidade porém não controla a dorsiflexão e a flexão plantar. Indicações: pacientes com instabilidade e desvios importantes em inversão ou eversão.
  • Dinâmica (Mola de Codeville, Leaf Spring): Permite movimento passivo de dorsiflexão com grande amplitude e limitação da flexão plantar. Indicações: pacientes com lesões periféricas ou paralisias flácidas, como lesão do nervo fibular – “pé caído”.
  • Articulada: Permite alguns graus de dorsiflexão. Indicações: pacientes deambuladores que apresentam movimentos passivos de dorsiflexão e com capacidade para extensão do joelho, seja em sequelas espásticas ou flácidas. Não indicadas: para cadeirantes, uso noturno, pacientes com marcha em agachamento (crouch gait).
  • Rígida (Fixa, Não articulada): Não permite movimentação articular do tornozelo. Indicações: pacientes com espasticidade grave e deformidades já instaladas em equino ou equino varo, bem como, aqueles que deambulam em crouch gait. Também indicada para uso noturno para manter o posicionamento alinhado.
  • Reação ao solo: Tem como principal objetivo a extensão do joelho durante a fase de apoio da marcha. Indicações: pacientes com fraqueza dos músculos sóleo e gastrocnêmio, pacientes diparéticos que têm marcha com flexão de joelho durante a fase de apoio.
  • AFO com estimulação elétrica: Com um sensor sob o calcâneo e os eletrodos de superfície nos músculos dorsiflexores. O sensor é acionado ao perder contato com o solo e a musculatura é estimulada, simulando o controle normal da marcha. Indicações: pacientes com lesões do tipo flácidas ou com discreta hipertonia.
  • Knee – Ankle – Foot Orthosis – KAFO (Órtese Cruropodálica/ Tutor Longo): Pode ser rígida ou articulada, com ou sem apoio isquiático. Restringe os joelhos na direção medial / lateral e hiperextensão. Indicações: pacientes hemiplégicos ou paraplégicos com controle pélvico e controle parcial sobre as articulações do joelho e tornozelo, sequela de poliomielite, lesão medular nível lombar, entre outros.
  • Órtese extensora de joelho (Goteira ou Lona extensora de joelho/ Órtese Cruromaleolar): Feita de lona e barras metálicas. Indicações: paralisia do aparelho extensor, manutenção do joelho em extensão para treino de ortostatismo e descarga de peso e em períodos pós-cirúrgicos. Também indicada para uso noturno para manter o alongamento de isquiotibiais.
  • Hip – Knee – Ankle – Foot Orthosis – HKAFO (Órtese Pélvico-podálica/ Inguino-podálica/ Tutor longo com cinto pélvico): As HKAFO possuem todos os componentes da KAFO adicionados à articulação de quadril e cinto pélvico. Indicações: pacientes com lesão medular acima da coluna lombar, para estabilização de tronco, pouco indicada para marcha, para pacientes que não apresentam controle sobre as articulações do quadril, joelho e do tornozelo. Pode ser adicionada de um componente torácico para pacientes sem controle de tronco. A articulação do quadril pode ser sem trava para pacientes com controle pélvico parcial e, com trava, para pacientes sem controle pélvico.
  • Trunk – Hip – Knee – Ankle – Foot Orthosis – THKAFO (Órtese Tóraco-Podálica): As THKAFO possuem todos os componentes da HKAFO adicionados à uma órtese torácica. (ESTAVA LOMBOSSACRA) Indicações: pacientes sem controle motor das articulações do quadril e MMII, utilizada para ortostatismo. Um exemplo de THKAFO é a RGO (Órtese de Reciprocação/ Mecanismo de Reciprocação) que, além de todos os componentes da THKAFO, permite o avanço do membro simplesmente com a descarga de peso do corpo sobre o lado contralateral. Em outras palavras, à medida que se estende um quadril, o quadril colateral automaticamente entra em flexão. Características: Tornozelos rígidos, hastes laterais rígidas. Indicações: pacientes com paraplegia, como sequela de Lesão Medular e Mielomeningocele.

As órteses acima são aquelas mais utilizadas dentro da reabilitação em neurofuncionalMas, independentemente do tipo de órtese a ser indicada, a prescrição pelo profissional deve estar correta e adequada e a órtese, bem feita pelo técnico ortesista para que, dessa forma, o uso e adaptação sejam mais simples e o processo de reabilitação tenha maior chance de sucesso.

 

Por Adriana de Freitas Sciammarella Carneiro
Fisioterapeuta da Profísio (Hospital de Reabilitação), Especialista em Fisioterapia Hospitalar pela UNIANDRADE-PR, MBA em Auditoria de Serviços de Saúde pelo IBPEX, Especialista em Osteopatia pelo CBES, Experiência em Órteses/Próteses/Meios Auxiliares de Locomoção.

 

Referência Bibliográfica

Terapia por estimulação vibratória: horizontes de um recurso pouco explorado na Fisioterapia.

A terapia por estimulação vibratória é uma técnica fisioterapêutica que tem como principal efeito a modulação da excitabilidade dos motoneurônios.

Isto ocorre por meio do aumento do influxo aferente final do fuso muscular primário, o que acaba por permitir a contração muscular reflexa, também conhecido por reflexo tônico de vibração.

Apesar de ainda não se tratar de uma prática frequente nos ambulatórios, o uso da vibração na área de reabilitação Neurológica começou a ser estudado em 1880, pelo neurologista francês Jean – Martin Charcot, que observou que os pacientes com doença de Parkinson apresentavam melhora na redução do tremor após passeios à cavalo ou viagens de trem, e como meio de tratamento criou a primeira cadeira vibratória.

A terapia de vibração do corpo inteiro, tem se mostrado capaz de estimular o metabolismo ósseo, evitando o declínio da força óssea e auxiliando também no tratamento da Osteoporose.

Atualmente a forma de aplicação pode ser dividida em segmentar (local) ou global (vibração do corpo inteiro, por meio de uma plataforma).

O recurso é utilizado em várias áreas da Fisioterapia, como na Ortopedia, na Respiratória, na Dermatofuncional, na Neurofuncional.

Sua terapêutica traz como resultado aumento da força e profilaxia da hipotrofia em musculatura afetada, treino de propriocepção, auxílio da higiene brônquica por meio da tixotropia.

Por ativar regiões do sistema nervoso central, quando aplicada em pacientes com distúrbios do movimento como a espasticidade, provoca efeitos de relaxamento e inibição dos episódios espásticos.

 

Protocolos

Por se tratar de uma prática ainda pouco conhecida e utilizada, os protocolos de aplicação variam bastante.

De forma geral, a Frequência da plataforma vibratória é de 20 a 40Hz, Amplitude de 2 a 4mm e duração de vibração de 30 segundos a 20 minutos.

Para estimulação vibratória segmentar podemos dividir pelo objetivo, como: melhora da espasticidade frequência de 60 a 100Hz, amplitude de 0,2 à 2,2mm, podendo ser realizada sobre o tendão ou músculo, com duração de 5 a 30 minutos.

Já para melhora da força muscular a frequência fica entre 10 e 50Hz, amplitude de 0,7 à 14mm, sendo aplicada no músculo fraco por curtos períodos.

Para ajustar os parâmetros, deve-se lembrar que cada organismo responde de modo extremamente específico a suas variações.

 

Caso clínico

Para ilustrar a aplicação na área da neurofuncional, trago um caso de um paciente que apresenta hemiparesia à direita com predomínio braquial, por sequela de um acidente vascular encefálico em artéria cerebral média esquerda.

Neste paciente, poderia ser aplicado a terapia de vibração segmentar no tendão do músculo tríceps braquial, e no tendão dos extensores do punho, com uma frequência de 60Hz, Amplitude de 2, por 5 minutos, com intuito de  reduzir a hipertonia e hiper-reflexia do bíceps braquial e flexores do punho, modulando a espasticidade fazendo com que o paciente consiga controlar melhor seus movimentos, para assim realizar outras atividades propostas na terapia.

Este mesmo paciente, ao realizar a plataforma vibratória, com uma frequência de 30Hz, Amplitude de 2mm, por 3 minutos sendo realizada junto com exercícios de transferência de peso, tem como objetivo melhora da simetria postural e posteriormente melhora da marcha. Vale lembrar que se o interesse for ativação ou controle muscular, pode-se aplicar o estímulo vibratório em conjunto com a tarefa proposta ao paciente. Isso pode potencializar o resultado, acelerando sua recuperação funcional.

Como em outros recursos da Fisioterapia, a terapia por estimulação vibratória apresenta algumas contra-indicações:  para pessoas que possuem implantes metálicos ou sintéticos (marca-passos, válvulas cardíacas, etc); inflamações agudas; infecções ou febre; artrite reumatóide aguda.

Também deve-se ter precauções ao uso em pessoas que apresentem trombose agudas ou agravamento de ataques cardíacos; gestantes; osteoporose; tumores; e vertigem.

Dessa forma, com entendimento das indicações e contra-indicações do recurso, é possível oferecer uma nova opção segura e eficiente para os nossos pacientes. Sem dúvidas, é importante também, estar sempre em acordo com os objetivos terapêuticos, pessoais e funcionais dos pacientes.

 

Por Letícia Wohlgemuth Molenda
Fisioterapeuta Prófisio – Hospital de Reabilitação
Pós graduada em Fisioterapia em Terapia Intensiva – Faculdade Inspirar; Pós graduanda em Fisioterapia Neurofuncional Adulto – Faculdade Inspirar.

 

Referências:

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